O Futebol Brasileiro vive seu melhor momento
Nunca na história o futebol brasileiro esteve em melhor momento, nunca fomos tão pequenos, tão frágeis e passíveis de novas idéias.
Não existe melhor momento para construir um novo cenário do que o momento de crise. É na crise que surge a mudança. O termo crise é oriundo do latim “crisis” e tem o significado de conjuntura perigosa e decisiva, embaraço na marcha regular dos negócios. Tem a mesma equivalência da palavra vento. Indica, assim, um estágio de alternância, no qual uma vez transcorrido diferencia-se do que costumava ser.
Os ventos que trouxeram a crise para o futebol brasileiro, não são os ventos que vão trazer a recuperação. Os lideres do futebol brasileiro (dirigentes da CBF, Federações, Clubes, jogadores e treinadores) que contribuíram para a instalação da crise, em sua grande maioria não têm perfil de liderança compatível com o período que o futebol brasileiro atravessa.
O futebol brasileiro necessita de lideres com perfil de coach, ou seja, aquele líder que além de executar e participar do processo, mostra o caminho, desenvolve sucessores e é visto como uma inspiração para os demais, esse perfil difere totalmente do que encontramos hoje. O líder que estamos acostumados a ver no futebol brasileiro é o líder autoritário, é aquela pessoa ou entidade que pensa nos seus resultados e não no crescimento do ambiente em que está inserido, seus resultados são pouco partilhados, ele trabalha para que sua ausência seja sentida, e não pensa em uma construção de conhecimento duradouro.
Dirigentes que fomentam a centralização do poder dentro de uma entidade federativa ou dentro de um clube estão contribuindo para que não se forme novos lideres, novas ideias e consequentemente novos resultados. Treinadores que impõem uma metodologia de trabalho sem ensinar os benefícios disso aos atletas estão contribuindo para a formação de jogadores estultos, com baixo nível de compreensão tática e falta de entendimento do seu papel dentro do futebol brasileiro. Por sua vez, os jogadores são os que menos têm responsabilidade na crise do futebol brasileiro e apesar de serem, dentro do contexto do futebol, os que mais vivem a competição, ainda são os que mais buscam exercer o papel de lideres coach, auxiliando os jogadores mais jovens dentro da equipe e fortalecendo o grupo, tendo a noção de que um elo mais fraco pode comprometer o trabalho de todos.
Para o futebol brasileiro realmente apresentar melhores resultados em campo e fora dele temos que compartilhar conhecimentos, formar novos lideres, buscar que todos os envolvidos no processo dividam responsabilidades e possíveis louros.
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