SAN LORENZO – ANÁLISE, ESTATÍSTICAS E VÍDEOS
O San Lorenzo enfrenta o Grêmio nessa quarta feira pela Copa Libertadores da América. O jogo é válido pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. A equipe argentina tem apenas um ponto na competição, enquanto o clube brasileiro três.
A equipe comandada por Pablo Guede ainda está em busca de regularidade esse ano.Foram 13 jogos no ano de 2016, 04 vitórias, 04 derrotas e 05 empates. Trata-se de uma equipe que já variou o esquema proposto inicialmente para cada partida algumas vezes. A equipe argentina é capaz de atuar no 4-1-3-2, 3-4-3 ou 4-1-4-1. Ao decorrer do jogo, a movimentação faz com que o time altere o esqueleto inicial, podendo apresentar um 4-3-2-1, 4-3-1-2 e 4-4-2.
Na zaga central, Caruzzo, Díaz e Angeleri disputam duas vagas. Esse ano Caruzzo jogou mais vezes que os dois e provavelmente atuará contra o Grêmio.
Os laterais Buffarini pela direita e Emanuel Más pela esquerda, são jogadores que contribuem para a variação tática realizada. Ora Buffarini é colocado junto à segunda linha do time, ora Más ocupa esse posicionamento. Os volantes Mercier ou Mussis podem atuar próximos da primeira linha ou na segunda como elementos únicos. Ortigoza e Belluschi são jogadores que fornecem capacidade de marcação e de saída de bola, ambos com possibilidade de atuar em mais de uma posição inicial.
Cerutti, Blanco, Barrientos são os jogadores que atuam na penúltima linha, além de Romagnoli e Villalba que está sendo pouco utilizado inicialmente. Os três citados inicialmente e Villalba também podem ocupar funções na última linha, tanto em posições de amplitude quanto centralizados. Cauteruccio, Matos e Bland são os jogadores com maior poder de finalização e capacidade de centralização da equipe. Podendo os três atuarem juntos na mesma linha ou um servindo de apoio ao outro. Villalba e Bland não foram relacionados para a partida e dessa forma não estarão representados na nossa análise.
O San Lorenzo ainda não “encaixou” esse ano, trata-se de um time bastante irregular e que depende muito da qualidade e inspiração dos jogadores que ocupam o segundo terço do campo e dos laterais.
A compactação do time é em média de 44,4 metros, enquanto a do Grêmio é de 40,1. Apesar de enfrentar um período de irregularidade esse ano, o San Lorenzo é uma equipe que pode reagir a qualquer momento. O treinador é diferente mas o time ainda conta com algumas características apresentadas quando era treinada por Edgardo Bauza, principalmente no que tange à amplitude fornecida pelos laterais e extremas e à profundidade na movimentação dos meias internos e atacantes centrais.
FASE DEFENSIVA
O San Lorenzo adota alguns comportamentos padrões dentro na fase defensiva. É um time que realiza a abordagem ao portador da bola de forma agressiva e que mantém a primeira e segunda linha muito próximas uma da outra.
Prefere ocupar o espaço e manter a superioridade numérica em relação ao adversário e á zona da bola. Mantém sempre um homem na espera ou sobra, reduzindo as chances de infiltrações adversárias.
É característico da equipe a saída de um zagueiro ou volante para abordar o portador da bola. Mesmo assim mantém-se o padrão de deixar um homem na espera.
A saída de bola adversária é bem marcada, ainda não de forma efetiva durante todo jogo. Entretanto, nos últimos jogos podemos perceber que esse comportamento está mais automático do que no início do ano.
RECUPERAÇÃO DA POSSE DE BOLA
Em média, o San Lorenzo recupera 115 bolas por jogo. Essa recuperação é realiza principalmente nos dois últimos terços do campo, 20% no último terço. Os jogadores que se destacam nesse quesito são o volante Mussis, os laterais Más e Buffarini e o volante/meia Ortigoza.
FALTAS COMETIDAS
O San Lorenzo comete em média 14 faltas por jogo. A maioria delas ocorrem no lado esquerdo do campo e nos últimos terços. O volante Mussis e o meio campo Blanco são os lideres em faltas.
OPORTUNIDADES CONCEDIDAS
Trata-se de um equipe que possui uma defesa central muito bem postada e que conta com o trabalho efetivo dos volantes para dar a proteção necessária. No início do ano ainda sofria com a falta de ritmo e entendimento do modelo proposto pelo novo treinador.
Hoje parece que os problemas defensivos passam longe da área central. O ponto crítico defensivamente, são as laterais. Dificilmente se consegue infiltrar jogadores pelo centro, porém pelos lados a incidência de erros de posicionamento e falta de recomposição são evidentes. A bola área é um ponto negativo da defesa. Inúmeras bolas passam pela área sem serem interceptadas.
GOLS SOFRIDOS
FASE OFENSIVA
Trata-se de um time que procura espaço fazendo inversões de lado e constantes trocas de posições no último terço do campo. O volante Mussi e o volante/meia Ortigoza são os responsáveis pela saída de bola e normalmente procuram os laterais Buffarini e Más para darem continuidade ao avanço no terreno.
Outra opção bastante utilizada é o passe vertical infiltrante em direção ao centro do campo para os meias internos que recuam para receber.
Em muitas ocasiões também são acionados diretamente através de ligações verticais os extremas Cerutti e Blanco. Ambos jogadores que recuam e participam da construção ofensiva.
Cerutti e Blanco já foram tema de nossas análises. Confira como se comportam esses dois jogadores:
ANÁLISE INDIVIDUAL SOBRE CERUTTI.
ANÁLISE INDIVIDUAL SOBRE BLANCO.
Belluschi tem papel importante na ocupação de espaço ofensivo, avançando o posicionamento e se aproximando da área de definição. É um jogador que também realiza a infiltração atrás da segunda linha adversária e trabalha muito bem apoiando os laterais e extremas pelo half-space.
Os laterais são extremamente participativos e por vezes se deslocam simultaneamente no campo de ataque. Matos e Cauteruccio dão profundidade para a equipe. O primeiro se movimenta menos e costuma ser o alvo da primeira bola. O segundo, quando jogam juntos, costuma se posicionar atrás de Matos para apoiá-lo. A penúltima linha do time realiza com grande intensidade
POSSE DE BOLA
Em média, o San Lorenzo tem 50% de posse de bola por jogo. É um time que tem um modelo de jogo propositivo, mas tem características objetivas na circulação de bola e intensidade nas finalizações. Usa muito as transições rápidas e inversões de lado.
PASSES
O aproveitamento de passes é em média de 82%. É uma equipe objetiva com a bola e que força muito a verticalidade.
CRUZAMENTOS
Os dois lados do último terço são os locais que o San Lorenzo mais realiza cruzamentos. Cerutti, Más, Buffarini Blanco são os jogadores que mais realizam esse tipo de ação.
DRIBLES
Os lados do campo novamente são as áreas em que uma ação é mais executada. Os dribles ocorrem principalmente pelo lado direito do último terço. Cerutti e Buffarini são os maiores dribladores da equipe, além de Romagnoli e Más.
PERDA DA POSSE DE BOLA
Na equipe do San Lorenzo, Romagnoli, Más e Barrientos são os jogadores que mais perdem bolas por jogo. O último terço do campo é a área que mais ocorre a não manutenção da posse. É um time que perde um número grande de bolas pela região central do campo. (32,2%).
FINALIZAÇÕES
Belluschi, Barrientos e Bland são os jogadores que mais finalizam por jogo pela equipe do San Lorenzo. Apenas 33% das finalizações da equipe são de fora da área, é um time que procura chegar de forma objetiva dentro da área e que não costuma arriscar muito de média distância.
OPORTUNIDADES CRIADAS
Muita movimentação no último terço é uma das armas do San Lorenzo para criar oportunidades. A troca constante de posições entre os homens da penúltima linha contribui para que boas chances de gols sejam criadas.
A circulação da bola no segundo terço é lenta, porém as ações realizadas no terço seguinte são sempre com emprego de velocidade e objetividade. A passagem dos laterais e dos extremos é uma variável importante para a construção ofensiva, tendo como ponto de referência o posicionamento de Matos ou Cauteruccio.
GOLS MARCADOS
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