Análise Tática – Vitória 3×0 Juazeirense
O Vitória confirmou seu favoritismo ao vencer a Juazeirense por 3 x 0 na última quinta-feira (21), no Barradão. Assim, a equipe acabou garantindo classificação para a final do Campeonato Baiano 2016 contra o arquirrival Bahia.
A equipe rubro-negra fez um primeiro tempo monótono, onde a Juazeirense conseguiu impor dificuldades. Os comandados do técnico Evandro Guimarães seguiram a risca o que foi pedido pelo treinador, que concedeu entrevista antes da partida e ressaltou a importância de não deixar a bola chegar com facilidade ao trio ofensivo Marinho, Vander e Kieza.
A Juazeirense deixava apenas os dois zagueiros do Vitória com espaço para jogar e apertava a marcação no terço central, dificultando o jogo para os dois volantes (Amaral e Farias) e, principalmente, para Leandro Domingues, o jogador mais criativo. Na imagem, Farias se apresenta para receber o passe dos zagueiros, mas já é vigiado por dois adversários.
Pelo lado do Vitória, a vantagem de poder perder até por um gol de diferença para avançar à próxima fase, acabou deixando o time relaxado, esperando resolver a partida a qualquer momento. A lentidão na transição defensiva, principalmente por parte dos pontas (Marinho e Vander), deixava os volantes expostos, o que gerava espaços para o contragolpe da equipe do interior.
O Puxão de orelha do técnico Vagner Mancini no intervalo deu resultado. Dessa forma foi que o o Vitória voltou mais disposto para a segunda etapa.
O gol marcado por Amaral aos 11 minutos fez com quê a Juazeirense tivesse a necessidade de se expor ainda mais, o que acabou facilitando o jogo para o rubro-negro. Os pontas entraram no jogo e já se posicionavam melhor quando a equipe não tinha a posse de bola, diminuindo o espaço para as subidas dos laterais adversários.
No gol de Amaral, Kieza fez a função de pivô e cabeceou para trás. Amaral fez a leitura correta e se posicionou bem para finalizar. O lance mostra mais uma vez a necessidade do volante pisar na área adversária, sendo um elemento surpresa.
Outro ponto interessante para destacar foi a entrada de Dagoberto, que vem de uma longa inatividade. O atacante teve pouco mais de 30 minutos para mostrar como estava, e deixou boas impressões.
Pelo que foi visto, inicialmente, Mancini pretende usar Dagoberto sem alterar o esquema( 4-2-1-3) e o modelo de jogo. O que resta saber é se Dagoberto estará preparado para cumprir tarefas defensivas, ou se será necessário mudar a forma da equipe jogar para que ele tenha um melhor rendimento no setor ofensivo.
Autor: Cássio Santos
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