Análise Tática – Vitória 3×1 Náutico-RR
O Vitória fez ontem à noite, na Arena Fonte Nova, o que podemos chamar de amistoso de luxo. A classificação conquistada para a segunda fase da Copa do Brasil, ao vencer o Náutico-RR por 3 x 1, serviu como preparatório para o clássico BaxVi do próximo domingo (1), e de observatório para jogadores que vinham tendo poucas chances no time titular.
A equipe rubro-negra havia vencido o jogo de ida por 3 x 2. Dessa forma poderia perder por até um gol de diferença (não levando mais do que dois gols em casa), que garantiria a classificação.
O início da partida mostrou que o Vitória pretendia definir no primeiro tempo e evitar um desgaste desnecessário. Marcação alta utilizando o pressing (ferramenta tática utilizada para pressionar no campo ofensivo, ocupando os espaços próximo a bola e reduzindo o número de linhas de passe do adversário).
Para o pressing funcionar, deve haver um um movimento sincronizado dos jogadores. Quando um vai apertar o portador da bola, os companheiros mais próximos se aproximam rapidamente das opções de passe, forçando o erro do adversário. Praticando esse tipo de ação, o Vitória conseguia recuperar rapidamente a posse.
Mancini escalou a equipe da seguinte maneira dentro do 4-2-1-3: Caíque; Norberto, Victor Ramos, Ramon e Euller; Farias, Marcelo e Leandro Domingues; Vander, Marinho e Dagoberto.
Com Dagoberto centralizado, Vander e Marinho nas pontas, existia muita movimentação no setor ofensivo. Destaque para uma jogada:
Na imagem, notem como Dagoberto faz um movimento de recuo, atraindo o zagueiro consigo, enquanto Leandro Domingues tem uma ótima visão e se infiltra no espaço deixado por Dagoberto. Por pouco não saiu um belo gol. Ainda na captura, Norberto tocou para Farias e fez a ultrapassagem se posicionando para receber o passe. Importante destacar a boa condição física do lateral após cirurgia no joelho. É mais uma opção.
Outro ponto positivo a se destacar foi a boa partida de Marcelo. Apesar de alguns erros de passe, o volante se movimentou muito bem, desarmou, se apresentou para o início da construção, criação e finalização.
Vejam no frame como Marcelo se projeta para ser opção de passe sem marcação. No decorrer do lance, o volante acaba finalizando mal.
Outro que vem se destacando nas duas últimas partidas é Willlian Farias. O volante que fica mais como opção de retorno quando a equipe tem a posse, e recuperação sem a posse, tem conseguido exercer bem a função.
No lance acima, Farias também se projeta na área para finalização e acaba perdendo um gol praticamente feito. Mas o ponto positivo é que Mancini vem trabalhando esse aspecto com seus volantes.
O Vitória conseguiu controlar a partida tranquilamente e no único susto, acabou levando o gol em uma falha coletiva. A diferença técnica, tática e física pareciam enormes antes do jogo começar e de fato, tais distinções se confirmaram.
Autor: Cássio Santos
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