BRUNO PAULO – MEIA – AUDAX
Nossa análise de hoje é sobre o meio campista Bruno Paulo, jogador do Audax, nascido em 1990.
CARREIRA
Bruno Paulo é formado nas categorias de base do Flamengo e estreou profissionalmente em 2009. Após poucos jogos na categoria principal acordou um contrato com o Palmeiras e também não foi muito utilizado no time de São Paulo. Ainda em 2010, se transferiu para o Vasco e novamente enfrentou dificuldades para jogar com frequência.
Após rodar por 03 times em menos de 01 ano, Bruno Paulo passou por Bahia, Atlético Paranaense, Santo André, Lajeadense, Red Bull e Guaratinguetá. Em 2015 chegou ao Audax e em 2016 já atuou em 14 partidas, 13 como titular, marcando 02 gols e dando 01 assistência para gol.
POSICIONAMENTO
Bruno Paulo é um jogador destro que atua preferencialmente na segunda linha do time. Trata-se de um atleta que costuma atuar em posição de amplitude como um winger ou como um meio campista defensivo. Também pode desempenhar a função de lateral ou meia interno em ambos os lados. Na maioria de suas atuações pelo Audax tinha a responsabilidade de ocupar o lado esquerdo do campo no esquema 3-4-3.
MOVIMENTAÇÃO
O jogador do Audax apresenta boa mobilidade, realizando com frequência deslocamentos verticais ofensivos e defensivos. A região da lateral do campo é a que Bruno tem maior influência, realizando também boas centralizações de movimentos.
FASE OFENSIVA
Bruno Paulo é um jogador importante principalmente na construção e na finalização das ações ofensivas. Através de uma boa qualidade técnica, Bruno participa das ações construtivas pelo lado esquerdo do campo, seja atuando como meia, seja atuando como lateral. Como meio campo, em geral, se coloca em posição inicial de amplitude e tenta, através de tabelas curtas e triangulações seguidas de ultrapassagens, a conquista de terreno.
Como lateral, tem maior participação no inicio da construção ofensiva sendo bastante acionado para auxiliar na saída de bola. Em média, Bruno realiza 33 passes por jogo e acerta 81% deles.
Bruno é um jogador bastante móbil, entretanto não é um jogador de circulação de bola. Normalmente alterna de posição com o meia interno, demonstrando total entendimento tático.
Trata-se de um meio campista com boa qualidade técnica e que, por vezes, realiza alguns lances de efeito. Em média tenta 08 dribles por jogo e tem sucesso em 59% deles, além de demonstrar boa proteção de bola e razoável agilidade para lances que exigem rupturas curtas.
Nos momentos finais da fase ofensiva, Bruno tem boa participação. É um jogador que sabe se projetar no último terço do campo, apesar de não ser um velocista, e realiza isso pelo fundo ou pelo centro, aproveitando-se das constantes alternâncias de posições que o time do Audax realiza.
Em média, disfere 03 chutes por jogo e demonstra que tem precisão e potência. É um jogador que apresenta alguns erros na tomada de decisão, principalmente em situações de dúvidas quanto ao momento de finalizar.
Quando a jogada está se desenvolvendo no lado oposto ao seu, Bruno Paulo realiza a centralização e se coloca oportunamente próximo da região de finalização. De fato, é um jogador que demonstra inteligência e bom conteúdo tático.
FASE DEFENSIVA
Atuando como meia ou como lateral, Bruno Paulo é participativo e tem razoável efetividade na fase defensiva. Nos momentos finais, consegue causar dificuldades ao adversário. É um jogador que apresenta boa capacidade de marcação e agilidade para mudar a direção do movimento quando necessário.
Em média, realiza 04 desarmes por jogo e vence 47% das 21 disputas pela bola. Trata-se de um jogador que, atuando como meia, é o responsável por fechar os espaços do adversário e manter a segunda linha do time em composição.
Em determinadas situações, Bruno Paulo é utilizado, como homem de espera, para realizar a transição ofensiva pelo half-space. Mesmo não sendo um jogador de extrema velocidade, consegue realizar boas projeções.
Bruno Paulo é um jogador interessante e que demonstrou que sabe cumprir tarefas. Dentro de um modelo de jogo bem definido, pode ser útil para diversos times do Brasil. Não se trata de um jogador extremamente qualificado e com potencial para liderar tecnicamente uma equipe de grande porte, entretanto pode ser um razoável elemento dentro de um grupo de jogadores.
Análise realizada por Giovani Dalla Valle – Fundador e Scout do Futebol Planejado
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