Guia da Copa América – Grupo A – Como Joga a Seleção dos Estados Unidos
Jogando em casa, os Estados Unidos estão no Grupo A juntamente com Colômbia, Costa Rica e Paraguai. A equipe Norte-Americana estréia na Sexta-Feira, dia 03, diante da Seleção Colombiana.
CONVOCADOS
GOLEIROS
1 – Brad Guzan – Aston Villa – 31 anos
12 – Tim Howard – Colorado Rapids – 37 anos
22 – Ethan Horvath – Molde – 22 anos
LATERAIS DIREITOS
2- DeAndre Yedlin – Tottenham Hotspur – 22 anos
4- Michael Orozco – Club Tijuana – 30 anos
ZAGUEIROS
6 – John Brooks – Hertha Berlin – 23 anos
20 – Geoff Cameron – Stoke City – 30 anos
3 – Steve Birnbaum – D.C. United – 25 anos
5 – Matt Besler – Sporting KC – 29 anos
LATERAIS ESQUERDOS
23 – Fabian Johnson – Borussia Monchengladbach – 28 anos
21 – Edgar Castillo – Monterrey – 29 anos
VOLANTES
15 – Kyle Beckerman – Real Salt Lake – 34 anos
4 – Michael Bradley – Toronto FC – 28 anos
13 – Jermaine Jones -Colorado Rapids – 34 anos
16 – Perry Kitchen – Heart of Midlothian – 24 anos
MEIAS
10 – Darlington Nagbe – Portland Timbers – 25 anos
19 – Graham Zusi – Sporting KC – 29 anos
11 – Alejandro Bedoya – Nantes – 29 anos
17 – Christian Pulisic – Borussia Dortmund – 17 anos
ATACANTES
20 – Gyasi Zardes – LA Galaxy – 24 anos
8 – Clint Dempsey – Seattle Sounders FC – 33 anos
18 – Chris Wondolowski – San Jose Earthquakes – 33 anos
7 – Bobby Wood – Union Berlin – 23 anos
TIME BASE
A seleção norte-americana utiliza, de forma inicial, a plataforma tática 4-1-2-3. A movimentação dos homens da terceira e quarta linha é que determinam as variantes do esquema.
Os jogadores mais utilizados nos amistosos preparatórios para a Copa América estão representados nas figuras abaixo. Nesses jogos, Klinsmann realizou modificações nas laterais, testando jogadores de perfis mais defensivos do que os habituais titulares Johnson e Yedlin.
Besler e Orosco são dois jogadores de defesa que podem atuar pelo centro ou pelo lado. Trata-se de uma possível variação que Klismann pretende ter em mãos para determinadas situações de jogo.
A segunda linha é normalmente divida em duas partes. O volante Beckerman é o responsável por atuar na frente dos zagueiros, circulando horizontalmente no primeiro terço do campo. Em situações que não pode atuar, Bradley sai da sua posição inicial de origem e ocupa a vaga de Beckerman.
Mais à frente, normalmente atuam Bradley e Jones. São dois jogadores de boa saída e razoável movimentação. Caso um dos três homens da segunda linha não atuem, Bedoya ocupa uma das vagas. Trata-se de um jogador de interessante qualidade, movimentação e bom passe que atua pelos corredores.
Nas posições de frente, Klinsmann abre dois jogadores pelos lados e centraliza um. É um mecanismo que cria bastante amplitude a seleção norte-americana. Normalmente Dempsey é o centroavante, Zardes atua por um dos lados e Wood por outro.
Uma possível mudança na última linha é possível. Klinsmann vem testando inserir Yedlin, lateral versátil, na extrema direita. Dessa forma Zardes ou Wood brigariam por apenas uma vaga na última linha.
Pulisic, jovem de 17 anos, revelação do Borussia Dortmund é uma das grandes opções que a equipe tem para mudar o ritmo da partida. Entretanto, por ser muito jovem, talvez não tenha ainda uma grande participação na Copa América.
Darlington Nagbe, meio campo do Portland, vem entrando bem nos jogos. Trata-se de um jogador com boa capacidade técnica e que pode atuar pelos lados e pelo centro, dando boas alternativas para Klinsmann. Outro jogador que pode ser bem utilizado é Zusi, atacante do Kansas.

4-1-2-3 Inicial – Possibilidade 01

4-1-3-2 – Possibilidade 02
ESTATÍSTICAS
A Seleção Norte-Americana, no período de 01 ano, realizou 22 jogos. Foram 14 vitórias, 05 derrotas e 03 empates. Foram marcados 49 gols e sofridos 24.
Em média, os Estados Unidos trocam 552 passes por jogo e acertam 85% deles. Desses 552, 17 são de rupturas ou seja, aquelas que quebram linhas.
A Seleção Norte-Americana chuta 10 vezes por jogo, em média. Desses 10 chutes, 05 obrigam o goleiro adversário a realizar defesas.
Normalmente a equipe detém 52% da posse de bola em cada jogo e comete 14 faltas. São realizados 30 dribles por jogo, apresentando um aproveitamento de 55% das tentativas.
Em média, a equipe disputa 159 bolas por jogo e vence 47% dos duelos. São realizados 36 desarmes por partida, apresentando um aproveitamento de 48% das tentativas.
Trata-se de um equipe que vence a maioria dos duelos pelo lado. Em média, a Seleção Norte-Americana disputa 39 enfrentamentos desse tipo por jogo e vence 52% deles.
FASE DEFENSIVA
Os Estados Unidos adotam uma postura bem equilibrada. Na fase defensiva apresentam características que independem dos jogadores que estão atuando.
Geralmente o treinador Klinsmann coloca um homem entre a primeira e a segunda linha do time, objetivando a superioridade numérica e dando suporte caso aconteça uma quebra de linha pelo adversário. Esse volante permanece fixo e ditando o ritmo o modelo das ações defensivas.
O modelo de marcação praticado pela Seleção dos Estados Unidos é normalmente a Zonal. Não há longas perseguições ao portador da bola na fase intermediária da construção ofensiva e a referência é sempre aonde está a bola.
Desse modo, a equipe treinada por Klinsmann apresenta um bom equilíbrio defensivo e com o trabalho realizado pelos homens de lado que atuam na última linha, consegue bloquear com bastante efetividade os avanços do adversário.
Não trata-se de uma equipe que pressiona a saída de bola do adversário. Normalmente realiza a marcação a partir do segundo terço do campo, deixando o adversário avançar por alguns metros. Entretanto, quando a bola se aproxima do circulo do meio de campo, os volantes que atuam à frente do volante “Número 1″realizam desgarros da linha e conseguem realizar bloqueios e interceptações importantes.
Os Estados Unidos possuem bons mecanismos que permitem avançar a marcação assim que a bola for perdida. As transições defensivas são bastante rápidas e realizadas de forma colaborativa por todos os jogadores. Trata-se de um equipe bastante solidária na fase defensiva e que causa certa dificuldade para equipes que gostam de circular a bola e realizar avanços de forma não tão rápida.
A compactação não é uma das características fortes da equipe dos Estados Unidos. Parece ser recomendação do treinador, atacar a bola e criar superioridade numérica na região dela, deixando a equipe menos compacta. Para isso, os laterais e volantes têm papel fundamental. São eles que aceleram e se aproximam do segundo terço do campo para criar vantagem em relação ao portador da bola e acabam deixando espaços entre as linhas.
Os laterais, se não acertam o avanço para realizar a marcação ou se não recompõe de forma efetiva, tornam-se criadores de situações perigosas para os adversários. Os zagueiros, normalmente utilizados por Klinsmann são “pesados” e possuem velocidade apenas razoável, o que pode também ocasionar problemas ao selecionado norte-americano.
Justamente por observar problemas nas laterais, Klinsmann está testando jogadores com perfis mais defensivos nessa região do campo. É de se esperar que Johnson e Yedlin percam suas posições para Besler e Orosco.
FASE OFENSIVA
Os Estados Unidos possuem, normalmente, 03 jogadores na última linha. Entretanto, na fase ofensiva, a equipe costuma se posicionar no 3-1-2-4 nos momentos finais e no 3-1-3-3 nos momentos intermediários.
Um volante de contenção permanece fixo à frente da primeira linha, que é composta por dois zagueiros e um lateral. Dois meias ou um meia e um lateral ocupam a terceira linha, enquanto os três atacantes e mais um elemento que se projeta, ocupam a última linha.
O inicio da construção ofensiva, normalmente, é de responsabilidade do volante “Número 1”. Beckerman recua e se posiciona entre os dois zagueiros. Estes, alomgam o espaço e permitem que Beckerman seja o iniciador do jogo.
Outro movimento utilizado pelo time de Klinsmann para iniciar a construção ofensiva, é a permanência de um lateral na primeira linha e o passe direto do zagueiro para o volante “Número 1” (nesse caso Bradley). Este volante permite que os dois outros se posicionem atrás da linha de meias do adversário, enquanto o lateral do lado oposto gera amplitude e ocupa posição à frente.
A construção intermediária é realizada, normalmente, pelos volantes e por Dempsey, que recua para fazer o pivô e participar. Jermaine Jones, Alejando Bedoya ou Bradley quando atua à frente de um volante fixo, são os responsáveis por construir as jogadas.

Deslocamento de Jones e avanço à fase de finalização
Além dos deslocamentos dos homens de meio campo, os Estados Unidos utilizam muitos passes verticais, de média distância, para levar a bola à frente. Normalmente, os jogadores das primeiras linhas procuram Dempsey, que recua deixando espaço para ultrapassagens de um volante, do lateral ou simplesmente para reter a bola e auxiliar na construção para os outros dois homens de frente.
Dempsey abre espaço, principalmente para os jogadores que atuam no lado do campo. Desse modo, se atuar junto com Wood e Zardes, pode ser bastante importante para criar alternativas ofensivas. Wood vive um excelente fase no futebol alemão e Zardes marcou dois gols nos amistosos preparatórios para a Copa América.
Os dois wingers norte-americanos possuem facilidade em finalizar. São jogadores com boa velocidade e que realizam de forma efetiva a centralização. Desse modo, tornam-se peças importantes nos momentos finais da fase ofensiva.
Autor: Giovani Dalla Valle
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