Guia da Copa América – Grupo A – Como joga a Seleção da Costa Rica
A Costa Rica estréia na Copa América no dia 04. O jogo será contra o Paraguai e faz parte do calendário do Grupo A. Os demais adversários da seleção da CONCACAF serão Estados Unidos e Colômbia.
CONVOCADOS
GOLEIROS
Leonel Moreira – Herediano – 27 anos
Danny Carvajal – Saprisa – 27 anos
Patrick Pemberton – Alajuelense – 34 anos
LATERAIS DIREITOS
Cristian Gamboa – West Bromwich Albion – 26 anos
José Salvatierra – Alajuelense – 26 anos
ZAGUEIROS
Johnny Acosta – Alajuelense – 32 anos
Francisco Calvo – Saprissa – 23 anos
Oscar Duarte – Espanyol – 26 anos
Michael Umaña – Persepolis – 33 anos
Kendall Waston – Vancouver Whitecaps – 28 anos
LATERAIS ESQUERDOS
Ronald Matarrita – New York City FC – 21 anos
Bryan Oviedo – Everton – 26 anos
VOLANTES
Celso Borges – Deportivo La Coruña – 28 anos
Randall Azofeifa – Herediano – 31 anos
Esteban Granados – Herediano – 30 anos
Yeltsin Tejeda – Evian – 24 anos
MEIAS
Bryan Ruiz – Sporting- 30 anos
Christian Bolaños – Vancouver Whitecaps – 32 anos
Johan Venegas – Montreal Impact – 27 anos
ATACANTES
Joel Campbell – Arsenal – 23 anos
Ariel Rodríguez – Bangkok Glass – 26 anos
Álvaro Saborio – D.C. United – 34 anos
Marco Ureña – Midtjylland – 26 anos
TIME BASE
A equipe treinado por Óscar Ramírez, normalmente, adota uma plataforma tática com uma linha defensiva de 05 jogadores. São 03 zagueiros e dois laterais que atuam de forma estreita, mas criando possibilidades de alternância de posição através da movimentação empregada.
Óscar Ramírez coloca sua equipe na plataforma tática inicial 5-1-3-1, 3-4-3 ou 4-3-1-2 Trata-se de sistemas que possibilitam muitas variações e de fato, é o que acontece com a Seleção da Costa Rica.
Johnny Acosta é o principal responsável por alterar a plataforma inicial de 05 defensores para 04 ou 03 defensores. Trata-se de um zagueiro com capacidade para atuar como volante e de fato, realiza deslocamento verticais para ocupar posição mais à frente.
Nas laterais ou alas atuam Matarrita pela esquerda e Gamboa pela direita. Ambos possuem boas características ofensivas e demonstram uma entendimento tático importante, tendo também bastante influência na alteração do sistema tático inicial.
À frente da primeira linha, normalmente joga Celso Borges, volante de boa qualidade técnica, visão de jogo e capacidade de construção e desconstrução. Como companheiros de linha, Borges encontra Bryan Ruíz e Bolãnos. Normalmente Ruíz e Bolãnos alternam de posição pelo lado esquerdo do campo. Ambos realizam movimentações partido do lado para o centro e do centro para o lado.Tratam-se de dois jogadores que podem atuar na mesma linha que Borges ou em posição mais adiantada pelo centro ou pelo lado.
Joel Campbell é o jogador que atua pelo lado direito na penúltima ou última linha. Normalmente é utilizado como extrema. Entretanto, sua movimentação é em direção ao centro e visa aproximar-se do jogador que atua centralizado como referência no ataque. Óscar Ramírez conta com Saborio e Urena para a função de referente.
ESTATÍSTICAS
A Costa Rica, no período de 01 ano, realizou 18 jogos. Foram 07 vitórias contra 06 derrotas e 05 empates. Foram marcados 18 gols e sofridos 15.
Em média, a Costa Rica troca 503 passes por jogo e acerta 81% deles. Desses 503, 12 são de rupturas ou seja, aquelas que quebram linhas.
A Seleção Costa-Riquenha chuta 12 vezes por jogo, em média. Desses 12 chutes, 04 obrigam o goleiro adversário a realizar defesas.
Normalmente a equipe detém 54% da posse de bola em cada jogo e comete 17 faltas. São realizados 27 dribles por jogo, apresentando um aproveitamento de 59% das tentativas.
Em média, a equipe disputa 204 bolas por jogo e vence 49% dos duelos. São realizados 42 desarmes por partida, apresentando um aproveitamento de 50% das tentativas.
Trata-se de um equipe que vence a maioria dos duelos pelo alto. Em média, a Costa Rica disputa 63 enfrentamentos desse tipo por jogo e vence 51% deles.
FASE DEFENSIVA
A Costa Rica adota dois modelos de jogo. A variação é realizada conforme o tipo do adversário. O primeiro modelo trata-se de reagir à proposta do adversário e normalmente é utiliza contra equipes teoricamente mais fortes. Desse modo os laterais ficam mais retraídos e Celso Borges ocupa posição fixa próxima da primeira linha. O segundo modelo é normalmente utilizado contra equipes da CONCAF e nele os laterais viram alas, Acosta avança o posicionamento e Borges torna-se um organizador e armador de jogo.
Apesar de formar uma linha com até 05 defensores de origem, a Costa Rica realiza tentativas de avançar a marcação e busca recuperar a posse de bola ainda no campo adversário. A marcação inicial é realizada de forma colaborativa e dentro de uma plataforma 5-2-3 ou 4-1-2-3.
Os três homens de frente são bastante solidários na fase defensiva inicial. Costumam fechar espaços pelo centro e pelos lados, entretanto não abordam de forma agressiva seus adversários. A postura de avançar a marcação não obtêm retorno quando as demais linhas não acompanham esse avanço e/ou quando ocorre a quebra de linha pelo adversário.
Além das demais linhas não acompanharem o avanço das últimas e os jogadores de frente não abordarem o adversário, a Costa Rica apresenta problemas na recomposição. Ela ainda é realizada de forma não tão rápida, gerando alguns problemas entrelinhas.
Acosta, que normalmente ocupa a posição central na linha de 03 zagueiros, tem que se desgarrar da linha para minimizar os efeitos da recomposição lenta por parte dos homens à frente. Com isso, é criado um espaço importante na primeira linha. Essa falta de sincronismo acontece em muitas ocasiões no time da Costa Rica.
A falta de sincronismo defensiva da Costa Rica, por vezes, é amenizado pela troca de posição entre os zagueiros e Borges. Mesmo Borges sendo um volante técnico, ele tem um entendimento tático que permite que ocupe a posição entre os zagueiros. Trata-se de um antidoto encontrado por Óscar Ramírez .
Em momentos intermediários da fase defensiva, a Costa Rica se posta bem. Normalmente ocorre a composição das duas primeiras linhas, uma com 5 e outra com 3 ou 4 homens gerando uma superioridade numérica próxima da bola. Campbell, Ruiz e Bolanõs, além de Borges, acompanham o avanço dos adversários e realizam de forma efetiva o fechamento de espaços e participam da marcação zonal
FASE OFENSIVA
Ofensivamente, a Costa Rica tenta basear seu jogo na troca de posições, deslocamentos e rupturas curtas. Celso Borges é o responsável por iniciar a construção ofensiva, entretanto a saída de bola no primeiro terço é realizado por um dos 03 zagueiros.
Os laterais participam mais da fase inicial do que da intermediária, cabendo a Ruíz, Bolaños e Borges as tentativas de criar jogadas. Atuando com 03 zagueiros, a Costa Rica depende muito de Acosta para dar o toque inicial na defesa. É jogador que se limita a dar o primeiro toque e não tem capacidade construtiva.
Joel Campbell e Saborio têm papel importante nos momentos de finalização da fase. O primeiro também é responsável pelas transições, se apresentando como desafogo pelo lado direito e as vezes até como alvo da primeira bola. Entretanto não são jogadores que recuam para auxiliar a construção ofensiva. Normalmente participam com mais influência a partir do último terço do campo.
A Costa Rica tende a ser objetiva ofensivamente. Não é um time que valoriza de mais a posse de bola, apesar de possuir jogadores com boa qualidade técnica. Seu jogo ofensivo é baseado na troca de posições e movimentações rápidas de Bolaños e Ruiz, principalmente.
A troca de posições é constante durante o jogo. Da mesma forma o movimento partido do lado em direção ao centro, realizado pelos extremas. Campbell faz isso com bastante efetividade pela direita, assim como Bolaños pela esquerda. Ambos os jogadores têm boa capacidade de finalização e presença de área, entretanto Bolaños é mais qualificado e participativo na construção ofensiva.
O objetivo da Costa Rica, na fase ofensiva, é chegar ao gol adversário o mais rápido possível e para isso procura atacar em bloco e utilizar muito os homens de lado do campo em movimentos centralizadores. Trata-se de uma seleção que ocupa bem o último terço do campo com os volantes, meias e atacantes.
Os laterais têm papel importante nos momentos finais da fase ofensiva. São jogadores que servem de apoio aos extremas e normalmente apresentam boa participação posicional próxima da área de finalização e por vezes conseguem adentra-la. Desse modo, a Costa Rica ataca com, normalmente, um número de 4 a 6 jogadores.
Seu jogo, no terço final, é baseado em movimentos rápidos e pela busca de infiltrações. Desse modo, a participação de Bryan Ruiz e Celso Borges é importantíssima. O primeiro tem poder de penetração e sabe finalizar, o segundo é um jogador de boa visão de profundidade e bom passe.
Autor: Giovani Dalla Valle
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